'Estava tão confiante que queria lutar com uma mão só', afirma Vitor Belfort
Após deslocar ossos da mão esquerda, lutador se diz frustrado, mas vê
lado positivo: 'Vai me dar força para fazer mais quatro, cinco, seis lutas'
- Eu estava fazendo sparring, fui muito bem no primeiro round e, quando comecei a encaixar golpes duros no segundo, me empolguei. Foi a hora em que soltei meu golpe mais poderoso e deu um tremendo choque na minha mão. Quando tirei a atadura e a luva, o osso do punho já estava deslocado, doendo muito. Liguei desesperadamente para o meu amigo Michael Simoni. Achei que ia dar, tentei não me desesperar na hora. Mas tive que fazer o processo cirúrgico. Perguntei para ele se tinha como fazer alguma coisa, mas ele disse que não. Eu queria lutar. Estava tão confiante que queria lutar com uma mão só, mas não dá nem para tocar que dói. Infelizmente faz parte do meu trabalho de atleta. É difícil aceitar, mas acontece. Eu estava fazendo tudo perfeito. Foi uma coisa em que a gente ainda não acredita - disse Belfort.
O lutador aparece com a mão inchada instantes depois de lesionar o local (Foto: Arquivo pessoal)
Michael Simoni, ex-médico do Fluminense e que cuida de Vitor já há alguns anos, explicou que o paciente ficará um mês com o braço imobilizado e, depois disso, poderá começar o trabalho de fisioterapia para voltar a treinar normalmente. Simoni acredita que Vitor estará apto a lutar novamente no UFC em setembro:médico de Vitor Belfort (Foto: Arquivo Pessoal)
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O lutador manifestou seu desejo de que a luta contra Wanderlei Silva fosse adiada, por conta do grande apelo devido ao The Ultimate Fighter Brasil - Em busca de campeões, onde eles são treinadores de times rivais. Dana White, no entanto, já afirmou que vai manter o "Cachorro Louco" no combate principal do evento que será realizado em Belo Horizonte. Se for assim, Vitor já declarou que vai torcer pelo desafeto, para que eles possam se enfrentar em breve:
- Minha vontade era de que o evento continuasse, mas que pudessem passar a minha luta contra o Wanderlei para mais tarde, mas isso não cabe a mim, né? O UFC poderia poupá-lo dessa luta e esperar mais alguns meses. Nós iríamos lutar no passado, eu aceitei a luta, mas ele preferiu enfrentar o Chris Leben. Infelizmente nesta agora eu me contundi. Espero que ele ganhe para a gente poder lutar novamente. Mas é isso, o show tem que continuar. Não vai faltar alguém para me substituir, já que o UFC tem os melhores do mundo. É triste para o Dana White, imagina a frustração dele... Mas o maior frustrado sou eu, que era o protagonista disso tudo. O importante é saber que são ossos do ofício, literalmente (risos). Não sou jogador de gamão. Estou pronto para superar mais essa dificuldade - afirmou Belfort, que apostou no americano Alan Belcher para substituí-lo no card.
Mãe de Vitor cuida da medicação do filho para amenizar a dor na mão (Foto: Ivan Raupp / Globoesporte.com)
A decepção é inevitável. Mas, na cabeça de Vitor Belfort, a lesão pode ter trazido pelo menos um bem para si próprio e para os amantes do esporte. Depois de revelar ao SPORTV.COM que pretendia fazer mais duas ou três lutas antes de parar, ele parece já estar mudando de ideia:- É difícil de se mensurar o tamanho da decepção. Pode virar um quadro depressivo se ficar pensando nisso. Aconteceu... Já passei por tantas coisas na minha vida, tanto sofrimento, que não fico buscando o porquê das coisas, e sim o para quê. Tenho certeza de que, como eu estava pensando em me aposentar daqui a duas ou três lutas, isso vai me dar uma força maior para poder fazer mais quatro, cinco, seis lutas. Agora é focar na recuperação.
a lesão (Foto: Ivan Raupp / Globoesporte.com)
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- Até então estava sendo um prazer vir para cá assistir, ver que ele está voando, tudo que ele construiu aqui. Ele fez um primeiro treino maravilhoso. Aí quando entrou o segundo foi questão de eu abaixar a cabeça e ouvir o barulho. Foi um estrondo, o Vitor gritando, a cabeça do cara arrebentada. Quando o Vitor tirou a atadura, aí nem sei te dizer mais. Aquele ovo na mão dele... Sou a mãe, nove meses na minha barriga, e ali eu já sabia pelo olho dele. Foi horrível. Sei que ele vai superar, mas eu sofro dobrado. Imagino a dor por dentro que está sentindo.
Ainda durante a entrevista, Vitor revelou que já lutou mesmo estando lesionado mais de uma vez na carreira. Antes de enfrentar o americano Anthony Johnson no UFC 142, no Rio de Janeiro, fez cinco infiltrações no cotovelo e no ombro para poder lutar. Já contra o japonês Yoshihiro Akiyama, ele lutou com a mão fissurada. Desta vez, no entanto, não houve jeito. Pior para o Brasil.
Vitor Belfort faz sinal de positivo: confiança na recuperação rápida (Foto: Ivan Raupp / Globoesporte.com)
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